quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Volta de férias


...Tic-tac o relógio não para... E o vento assovia cada vez mais forte.
Meio dia e eu aqui parado, sentado num banco refletindo enquanto esse mormaço que pesa sobre os ombros segue prenunciando aguaceiro. Tic-tac sigo sentado, sem vontade de fazer nada, amanha tenho que pegar o gateado na madrugada e partir para a cidade cinqüenta quilômetros, umas seis horas a trote e a tranco, pra depois partir sete horas de ônibus rumo a Dom Pedrito. Continuo aqui angustiado feito um guri que não quer ir pro colégio. Do lado de la uma faculdade que não anda pra frente, uma cidade que não cultiva amizades por este aparelho que “une” distancias e comunica lonjuras só me falam discórdias de lá, só me aporrinham me entristecem. Do lado de cá vejo a primavera chegando a vida nascendo todos os dias em mais um cordeiro forte retocando nas pedras, as flores florindo e os potros vindo roubar bóia das mãos da gente... Então me pergunto porque tenho que partir? E a resposta me vem: Em busca do maior e mais respeitado poder dos homens, que pode fazer com que tudo isto aqui creça, melhore e evolua. O conhecimento, este o qual os homens agregam valores... Então calado continuo a escutar o som dos ventos, a sentir a brisa que ele trás, há ver florescer os campos, há contemplar a vida inventar uma nova vida.Pra pelo menos lá me agarrar nesses pensamentos pra agüentar mais.

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